Em crítica a Damares Alves, juíza diz que atuação social de evangélicos é uma “desgraça”
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A ministra Damares Alves se tornou personagem de uma nova polêmica: um ataque despudorado de uma juíza trabalhista contra a igreja evangélica brasileira e seus fiéis.
Desde o início de seu trabalho no governo Bolsonaro, iniciado ainda durante a fase de transição, em 2018, Damares Alves tem sido alvo de ataques que escancaram a intolerância religiosa e preconceito contra os evangélicos da parte de um grupo da sociedade que se define como “elite intelectual”.
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O mais recente ataque partiu de Elinay Melo, juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Numa entrevista concedida ao portal Agência Pública, a magistrada comentou casos de exploração sexual infantil na cidade de Marajó (PA) e definiu a presença das igrejas evangélicas na região como uma “desgraça”.
“O projeto de poder deles passa pelas igrejas evangélicas, é a forma que eles têm de capilarização. Nesses lugares do Marajó em que a gente vê uma ausência total do Estado, se ela [ministra Damares Alves] botar uma igreja evangélica em cada lugar, vai dar uma desgraça”, declarou a juíza, sem explicar qual tipo de prejuízo seria causado pela presença de denominações cristãs na região, que tem uma cultura de prostituição infantil devido ao alto grau de miséria.
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A entrevista concedida pela juíza foi permeada de ataques à titular do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. No contexto, uma declaração de Damares Alves sugerindo que a iniciativa privada atenda a uma demanda apresentada pelos habitantes da região e implante uma fábrica de calcinhas, o que geraria renda e poderia colaborar, segundo ela, para a redução dos abusos sexuais.
Demonstrando sua motivação ideológica pró socialismo, a magistrada fez elogios aos governos de esquerda de PT e PSDB, e fez ataques ao partido do presidente Jair Bolsonaro (PSL), dizendo que durante os 24 anos em que as duas primeiras legendas estiveram à frente dos governos federal e estadual, o combate ao trabalho escravo na região supostamente funcionaria de forma mais eficiente.
“A Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, que é nacional, começou no governo Lula, e teve uma boa atuação até o governo Dilma. Aqui no Pará, o governo era do PSDB, a comissão funcionava dentro da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e tinha uma boa atuação. Mas agora o governo do estado foi pro MDB, que deu a secretaria para o PSL. A secretaria está morta, a gente não ouve mais falar de nada”, criticou, de forma subjetiva, a juíza Elinay Melo.
Ao tomar conhecimento da declaração feita pela juíza na entrevista ao portal, a ministra Damares Alves limitou-se a responder, através de sua conta no Twitter, com um questionamento: “Até onde vai a intolerância religiosa neste país? Até que ponto a fé das pessoas será atacada em nome da ideologia?”.
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